sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Quite o financiamento imobiliário - um passo atrás para dar dez para frente

A taxa selic está na mínima histórica. Para o devedor de bancos há o que comemorar?

No site trading economics (https://pt.tradingeconomics.com/country-list/interest-rate) há uma tabela com as taxas de juros vigentes em vários países.

Eis o ranking do G20:


Podemos observar que os "campeões" no G20 são os hermanos argentinos com a taxinha de 50% ao ano. São seguidos por Turquia (11,25), México (7,25), África do Sul (6,25), Rússia (6), Índia (5,15), Indonésia (5) e depois vem o Brasil (4,25).

Em contrapartida, temos as menores taxas na Austrália (0,75), Reino Unido (0,75), França (0), Alemanha (0), Itália (0), Holanda (0), Espanha (0) Japão (-0,10) e Suiça (-0,75).

Eu não sou desses que só vê coisas ruins no Brasil e aspectos positivos em outros países. Tento me esforçar para ver o copo meio cheio. Mas dessa vez é impossível resistir. De uma forma bem simplista podemos dizer que essa taxa básica ajuda ou atrapalha os cidadãos na hora de contrair empréstimos e financiamentos, de modo que, em muitos países, há o que se chama de "juros negativos" - corrigido o valor, você paga menos do que tomou de empréstimo. No Brasil, podemos dizer que há "juros extorsivos" - você compra uma casa e paga 3,4. Daí porque o Santander passa meio mal na Espanha e nada de braçada no Brasil.

Pensa na tristeza de ter um financiamento imobiliário no Brasil em comparação com outros países. Aqui você paga 4, 5 casas para levar uma. 

E tente fazer a portabilidade do crédito. Tente fazer a repactuação com a instituição financeira. É mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um banco repactuar um contrato de financiamento.

Eu sou um desses tristes devedores - pelo menos por enquanto - mas em 2020 acabo com isso.

Banco no Brasil é excelente para os sócios; razoável para ruim com os clientes e péssimo para os devedores. Só não vê quem não quer.

A única alternativa, se não houver nenhuma mudança nessa conjuntura, é deixar de ser devedor - quitar os empréstimos -, não depender muito como cliente e tornar-se sócio - o máximo possível.

Esta semana tive um dia muito feliz: quitei parte do financiamento.

Dívida bancária é como uma âncora que reduz sua capacidade de aporte, estraga seu patrimônio e faz de você um escravo.

Até o final do ano quito o resto.

Depois pego a 2ª via da certidão de nascimento e viro gente.

Um abraço e até a próxima.




2 comentários:

  1. Imóvel é algo que faz muito bem pra mente, ter um lugar que pode chamar de seu. Mas muito ruim financeiramente falando, a alguns anos venho alugando e apesar de querer muito comprar algo, nunca sei onde posso estar amanhã, portanto não me prendo a nenhum lugar.
    Rumo a IF
    https://rumoaif.blogspot.com

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  2. Apesar de ter financiamento imobiliário, também moro de aluguel. Com o tempo você se acostuma com a ideia de que não estar preso a um lugar é mais uma vantagem do que uma desvantagem.
    Abs.

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