segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Fechamento de setembro de 2020 - carteira, aportes e livros

 Olá pessoal,

Os últimos meses foram muito movimentados. Nunca foi tão difícil me dedicar à leitura e às coisas de que gosto. Ultimamente só compro os livros. Ler que é bom, quase nada.

Pandemia, dificuldades, doenças, home-office, crianças sem escola. Os desafios são grandes, mas vamos vencendo, dia após dia.

PANDEMIA E A EDUCAÇÃO DOS FILHOS

Há um provérbio africano que diz: "é necessária uma tribo inteira para educar uma criança".

Como isso é verdade. Os pais que vivem em cidades sem redes de apoio (pais, avós, tios, primos, etc) fazem das tripas coração para criar e educar a prole. Poucas coisas são mais recompensadoras e cansativas do que a criação de filhos.

E tem uma turma aí que diz que ensinar os filhos - apenas em casa - é uma espécie de paraíso na terra. Acho que vivo num planeta diferente. Só pode. Educação começa e termina em casa, mas no meio do caminho é imprescindível a socialização que a escola proporciona. Comprei o "trivium", "quadrivium" e conheço as incongruências do ensino público, mas estou bem longe de ser um entusiasta da "escola apenas em casa".

Se eu não precisasse trabalhar e já vivesse de renda, até poderia tentar o empreendimento, mas é bem provável que não fosse suficiente para proporcionar uma educação de qualidade para os meus filhos.

Apesar disso, sou totalmente favorável que a prática seja admitida e permitida - se tem pai que deseja educar o próprio filho, não vejo nenhum problema nisso. Força, guerreiro! Vai precisar de muita paciência, sabedoria e dedicação. Se quiser ser a tribo de um homem só, boa sorte.

Fico assustado com o quanto nosso país não liga muito com educação: volta tudo - puteiro, shopping, bar, restaurante, cinema, praia, zona, quermesse, comércio, mercado, igreja, festinha de criança, happy hour. Tem maluco querendo até o retorno das torcidas para os estádios. E a escola? ah.... que se lasque a escola.

Confesso que se as aulas retornassem hoje não colocaria meus filhos, dadas as circunstâncias meio doidas da cidade em que resido, mas o que me assusta é a falta de prioridade e de propósito. Ninguém tá nem aí para a saúde mental e o desenvolvimento das crianças e adolescentes. Sei lá, pelo menos é essa a minha impressão.

Uma sociedade que valoriza mais a torcida nos estádios do que as crianças e adolescentes nas escolas. E viva o Brasil!

Aí os pais precisam trabalhar presencialmente. E vão deixar as crianças sozinhas em casa? E quem não tem condições de contratar babá? E a filha da babá, vai ficar com quem?

Que fique claro: o que me assusta é a falta de prioridade. Minha impressão é de que as escolas serão as últimas a retornar. Que tipo de sociedade é essa? 

APORTES

FIIs - VRTA11, TGAR11, HGLG11, RBVA11 e MXRF11

ETFs - SPXI11, SMAC11 e PIBB11

Segue carteira de renda variável:




LIVROS E SERIADOS

Não tenho nenhuma rede social (facebook, twitter ou instagram). Minha última foi o orkut. Está na minha fila de leitura o livro "10 argumentos para você deletar agora suas redes sociais". Eu nem preciso de 10 argumentos. Não tenho paciência com rede social e percebi que consumia muito do meu tempo e me causava mal-estar. 

No final de semana assisti a um documentário na Netflix chamado "O Dilema das Redes". Você pode até não concordar com alguns pontos, mas é o tipo de coisa que você tem que assistir, nem que seja apenas para discordar.

Quando eu tiver uma semi-aposentadoria ou chegar à aposentadoria antecipada, não sei exatamente o que irei fazer, mas de uma coisa tenho certeza: vou desligar o celular por, no mínimo, uns 6 meses.

Durante essa pandemia tenho que ficar ao lado dessa joça o tempo inteiro, por conta do trabalho.

Deus me livre - é uma escravidão mental essa potroca.

E quando assisti ao documentário só pude ter mais convicção do meu desejo.

Antes da pandemia, desligava o celular sexta a noite e só ligava domingo a noite. Era uma paz.

Enfim... veja o documentário, nem que seja para dizer que ele está errado.

Para quem está com saudade da corrida dos ratos, segue um filme para você recordar como é boa a vida na selva de ratos moderna:




Um abraço e até a próxima,