sexta-feira, 24 de abril de 2020

Um dia para não esquecer: quitei o financiamento; que dia hein (Moroday)

Olá pessoal,

O blog é uma espécie de diário pessoal. Um dia lerei para relembrar de tempos esquecidos. 

Finalmente consegui quitar meu último financiamento imobiliário.

E hoje me tornei acionista do Banco do Brasil (BBAS3). Aproveitei essa queda meio doida da B3.

De devedor para acionista.

Pode parecer pouca coisa, mas para mim é muito importante.

É simbólico.

É um marco na minha trajetória.

E que dia hein amigos.

Pronunciamento do Sérgio Moro. Pronunciamento do Bolsonaro. Queda na bolsa.

Acredito que seja muito importante você não se deixar capturar por esse dramalhão eterno que é a política brasileira.

Muito cuidado. Esse troço parece um buraco negro que vai sugando sua energia, seu ânimo.

Ninguém tem a menor ideia do que poderá acontecer, mas eu tenho quase certeza de uma coisa: a menos que você seja político, filho de político ou filiado a algum partido, ninguém vai te ajudar a melhorar de vida. Nenhum deles. 

Não estou dizendo para você ser um alienado político; não é isso. Só estou dizendo para você não confiar que isso vai mudar a sua vida para melhor. Para pior é até provável, mas não para melhor.

Foque principalmente em você e naquilo que é importante para o seu crescimento.

Como cidadão, é importante que tenha conhecimento dos fatos mais relevantes; que seja defensor da verdade; que queira um país decente e sem corrupção. Mas o processo é longo. Difícil, trabalhoso.

Lembro-me de uma frase famosa na minha família: quanto maior a expectativa, maior o capote.

E que capote.

Talvez o melhor seja esperar pouco ou até mesmo nada.

Segue a carteira de renda variável.

Um abraço e até a próxima,










sexta-feira, 17 de abril de 2020

O sonho de um grande líder: uma grande crise; o temor de um péssimo líder: uma grande crise

Olá pessoal,

Muitos já ouviram falar em Winston Churchill. Por que um britânico é tão conhecido no mundo?

Por conta de sua liderança em uma das maiores crises da humanidade: a Segunda Guerra Mundial. Assista ao filme "O Destino de uma Nação". Ouça no youtube os discursos de Churchill. Ele guerreava com as palavras ao motivar seus cidadãos com "sangue, suor e lágrimas".

Muitos também conhecem Franklin Roosevelt, presidente dos Estados Unidos entre 1933 e 1945. E por que ele é tão conhecido? Pela sua liderança após a grande depressão e na Segunda Guerra Mundial. Ocupou 4 mandatos. Foi tão emblemático que, em 1947, uma emenda à constituição americana permitiu que o presidente dos EUA fosse reeleito apenas uma vez. Era o temor de que um novo Roosevelt ficasse tanto tempo à frente do império americano.

Um grande líder sonha com uma grande oportunidade de mostrar o seu valor. 

Para a nossa geração a pandemia da Covid-19 já se mostrou o maior desafio enfrentado. De certa forma, somos mimados pelas facilidades da vida moderna e não conhecemos, nem de perto, as privações dos nossos antepassados. Qualquer vento de neblina nos desespera, imagine então uma ameaça de pandemia, uma ameaça desconhecida, uma ameaça mortífera, acompanhada de possível caos social e depressão econômica.

Mas quero voltar ao aspecto do líder. Prefeitos e governadores, diante da inação ou falta de direcionamento do governo federal, tomaram a dianteira e adotaram uma série de medidas.

No mundo inteiro, bem ou mal, a maioria dos presidentes decretou medidas de isolamento social, com variados graus (vertical, horizontal, sei lá o que).

Não quero discutir tipo de isolamento.  

A questão é a seguinte: nenhum líder que se preze abre mão da iniciativa de tomar a decisão primeiro: NENHUM. Nem toda decisão deve ser delegada. Há decisões que apenas o principal decisor pode tomar.

E, no caso do governo federal, depois que você não toma decisão, só pode andar a reboque das decisões tomadas pelos outros entes federados. A Constituição da República tem um emaranhado de competências privativas, concorrentes e comuns entre os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Em algumas situações, todo mundo tem competência para tomar decisões - como no caso do enfrentamento da Covid-19 (saúde).

Bolsonaro tem no colo a maior crise de uma geração; maior oportunidade para um grande líder ou fator de desespero para uma liderança fraca. 

Ele entrará para a história - ou como um grande líder ou como o pior líder de todos os tempos.

Grandes crises não perdoam: ou você é exaltado até aos céus ou levado ao inferno. Churchill está nos céus; Chamberlain - o antecessor - nunca sairá do inferno.

Se Bolsonaro tivesse começado a quarentena, por um, dois, três dias - qualquer tempo que fosse - teria a prerrogativa de encerrá-la. E nem STF nem ninguém diria que prefeitos e governadores poderiam interferir na quarentena do governo federal. Poderia ter começado apenas em SP, apenas no sudeste, apenas na casa dele, enfim, ele que escolhesse a amplitude geográfica e temporal; todavia, quedou-se inerte.

Tem que ser muito inocente para imaginar que, com o mundo inteiro em quarentena, o Brasil seria o único país a passar ileso, incólume.

Quem começa a decidir permanece com o poder de decisão. Como ele nada fez, perdeu a vez. 

Parece bobo, mas é exatamente isso o que aconteceu.

E agora, certo ou errado, encontra-se emparedado por STF, Congresso, prefeitos e governadores.

Mas parece insistir na inação ao não construir critérios mínimos para entrada e saída da quarentena. Ao demorar tanto tempo para demitir um ministro com o qual não concordava.

Nessa crise com o Mandetta me lembrei do desespero dos petistas com o Temer. A resposta era até engraçada: uai, todo mundo que votou na Dilma, votou no Temer, afinal, ele era o vice.

Uai, quem indicou o Mandetta foi o Bolsonaro ou o PT? Até parece que o Mandetta - agora comunista - saiu dos quadros do PC do B.

Tem certas coisas na política brasileira que até Deus duvida. 

Bolsonaro, a grande crise está diante de você. Não adianta correr. Ou é céu ou é inferno; nesse assunto não existe purgatório.

Torço para que sejam os céus! Infelizmente, torcida não ganha jogo.

Para quem sonha com um líder, segue um discurso de Churchill no parlamento britânico (cena do filme "O Destino de uma Nação). Apesar de ser um dos grandes vencedores da 2 guerra, não conseguiu ser eleito primeiro ministro após o conflito, mas entrou na história da humanidade como um líder magistral em tempos de crise.

Um abraço e até a próxima.




segunda-feira, 13 de abril de 2020

Carteira de renda variável - duas lições do último mês

Olá pessoal,

O aporte do mês foi para aumento da reserva de emergência.

Os proventos dos FIIs e ações foram reinvestidos em KNRI11.

A taxa de poupança foi comprometida por necessidades emergenciais (20%).

Com a volatilidade nos mercados nem calculei a porcentagem atingida para a independência financeira.

Obtive duas grandes lições no último mês: 1) importância de manter a reserva de emergência (ela já existia e pretendo aumentá-la para garantir 2 anos de custos da família); 2) importância de manter uma reserva de oportunidade (ela não existia).

Segue carteira de renda variável.

Um abraço e até a próxima,





sábado, 11 de abril de 2020

Saudade dos avós - Girassol e o Evangelho de João

Olá pessoal,

Nos dias de aflição temos a oportunidade de pensar naquilo que realmente importa.

E isso varia de pessoa para pessoa. 

Sinto uma enorme saudade dos meus avós - que moram em outra cidade. Dos meus amigos - que também moram longe. Nesses tempos podemos nos questionar se valeu a pena todo o esforço para "ganhar a vida" e ficar tão longe daqueles que mais importam, sobretudo dos familiares.

Estou aflito pela possibilidade de perdê-los e, ao mesmo tempo, angustiado pelos reflexos econômicos da pandemia nos negócios. É um duplo desespero. Não tem essa de uma coisa ou outra. São duas dores, duas dificuldades, duas aflições, como faces de uma mesma moeda.

É muito doloroso lidar com o imprevisível em uma situação nunca antes enfrentada por nossa geração. Não acho que aqueles que defendem o isolamento desejam destruir a economia, tampouco os que pretendem a reabertura do comércio tem como objetivo matar pessoas. Claro que não. 

Tenho na família empreendedores em "serviços essenciais". Possuem alguns negócios e um deles não foi fechado. Além de preocuparem com a própria vida, precisam equilibrar precauções para não contaminar os meus avós e salvar as outras empresas fechadas no isolamento. Essa situação tem sido muito difícil. A situação é terrível para quem manda e para quem é mandado embora.

Uns dizem: "Ah, é só reabrir tudo e resolvemos isso com facilidade".
Somos limitados e oferecemos "soluções simples e limitadas" para problemas complexos que sequer temos a real dimensão do tamanho.

Até parece que se houver reabertura de shoppings e comércio as pessoas comprarão loucamente bens supérfluos em um período de tantas incertezas. Com medo de pandemia, desemprego, tantas dúvidas, as pessoas se apegarão ao pouco de dinheiro que possuem e só comprarão o essencial. Os bancos sentam no caixa e não emprestam. Os empresários buscam a diminuição dos custos em uma tentativa desesperada de salvar alguma coisa e demitem em massa.

Quanto aos governos, mesmo em nível mundial, parece ser tudo na base da tentativa e do erro. Não me parece que haverá uma saída fácil nos próximos meses. Ficar quieto e não intervir também é fazer alguma coisa. Engana-se quem pensa que fazer nada não é uma decisão.  

Sobre o sonho da independência financeira, só tenho mais convicção dos meus objetivos. Enquanto houver capitalismo será um dos meus objetivos - e espero que ele continue por aí. Só estou mais certo da necessidade de ser frugal. Percebi que no meu plano haverá uma pequena propriedade rural e que talvez precise de até menos do que meus propósitos anteriores. A pandemia nos ensina a esperar menos e a viver com menos.

Estamos perto da Páscoa. Você que sempre comeu os ovos de chocolate, mas não sabe o motivo da celebração pode ler os livros bíblicos do Êxodo e o Evangelho de João. São aventuras fantásticas, um dos épicos da civilização ocidental. A saída do povo judeu do Egito e a vida de Cristo. 

Um alento em tempos de tantas dificuldades.

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3. 16).

Deixo uma música que tem sido um bálsamo nos últimos dias. 

Forte abraço.

Até a próxima,






GIRASSOL

Se a vida fosse fácil como a gente quer
Se o futuro a gente pudesse prever
Eu hoje estaria tomando um café
Sentado com os amigos em frente TV
Eu olharia as aves como eu nunca olhei
Daria um abraço apertado em meu avós
Diria eu te amo a quem nunca pensei
Talvez, é o que o universo espera de nós
Eu quero ser curado e ajudar curar
Eu quero ser melhor do que eu nunca fui
Fazer o que eu posso pra me ajudar
Ser justo e paciente como era Jesus
Eu quero dar valor até o calor do sol
Que eu esteja preparado pra quem me conduz
Que eu seja todo dia como um girassol
De costas pro escuro e de frente pra luz
Eu olharia as aves como eu nunca olhei
Daria um abraço apertado em meu avós
Diria eu te amo a quem nunca pensei
Talvez, é o que o universo espera de nós